A VERDADE SOBRE A MIGRAÇÃO DO PLANO FAF PARA O PLANO III
Você já se imaginou com 65, 70, 75 ou 80 anos, ou até mesmo com 90 anos ou mais, ainda saudável e disposto a passear, viajar e desfrutar bons momentos junto à família que você constituiu, chegar lá e não ter mais dinheiro para pagar o seu plano de saúde e o da sua esposa? E aí você tem que vender o sítio que você construiu com tanto carinho e que passa dias lindos com filhos e netos ou até dispor de outros bens? É… você vai ter que viver somente com a pensão do INSS!
Pois é… este pode ser o destino, no ocaso da vida, de quem troca um plano vitalício de Benefício Definido (BD) por um plano finito e incerto tipo Contribuição Definida (CD).
É chegada a hora de fazer uma escolha coerente, ajuizada e sensata, sem botar os olhos gulosos no volume de dinheiro que você tem no seu fundo de pensão e raciocinar no longo prazo!
Passar para o Plano III para retirar um dinheirinho hoje para trocar de carro ou coisa parecida, pode significar viver à míngua na velhice e ter um final de vida de muitos sacrifícios.
UM PLANO QUE NASCEU DE UM IDEAL
►O Plano FAF (de Benefício Definido – BD) nasceu pelas mãos do fundador da Sadia em 1976, quando foi criada a então Fundação Attilio Fontana, com o objetivo de proporcionar aos colaboradores da Sadia uma complementação na aposentadoria dos trabalhadores, a fim de que eles tivessem uma melhor qualidade de vida no ocaso da existência, visto que, desde muito tempo a aposentadoria oficial é, no geral, insuficiente. Hoje é a BRF Previdência a responsável por gerir três planos egressos da Perdigão e o Plano FAF, egresso da Sadia.
►O Plano FAF sempre manteve-se em sua essência original, financeiramente saudável e perseguindo seu objetivo de complementar a aposentadoria dos colaboradores de maneira vitalícia, proporcionando àqueles que se aposentam uma melhor qualidade de vida, de maneira vitalícia, uma vez que é um Plano de Benefício Definido (BD). Ele chegou, em 2021, com 13.796 participantes, sendo 6.242 ativos e 7.554 assistidos, com um patrimônio de R$ 3,6 bilhões.
►Mexer em sua essência, prejudicando assistidos e idosos é trair o ideário de Attilio Fontana, de seus contemporâneos familiares e dos gestores que se sucederam ao longo de décadas que só fizeram engrandecer o Plano FAF. O próprio fundador fez, enquanto vivo, várias dotações financeiras de vulto para a consolidação do fundo. O Plano FAF foi constituído pela Sadia para as pessoas da Sadia. A proposta de migração que está por vir significa uma apropriação das reservas daqueles que foram originalmente escolhidos para serem contemplados.
PARA VOCÊ ENTENDER
► A BRF Previdência enviará após o dia 30 deste mês à PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) uma proposta de migração dos participantes do Plano FAF para o Plano III.
► O Plano FAF é um plano de Benefício Definido (BD), marcado primordialmente pela mutualidade, é vitalício, se houver déficit é repartido entre todos, baseia-se numa tábua de mortalidade de mais de 100 anos normalmente, garantindo que ninguém, até o fim da vida, fique sem complementação de aposentadoria e implica num risco atuarial. Aqui a renda é determinada, vitalícia e o período é indefinido. Aqui você recebe sua complementação até o dia de sua morte.
►O Plano III é um plano de Contribuição Definida (CD), não implica em mutualidade e nem é vitalício. A reserva financeira é pessoal de cada um e um dia acaba para sempre. A patrocinadora passa o risco atuarial para o participante que passa a ter, sob sua responsabilidade, um risco financeiro. Plano CD se assemelha a um PGBL oferecido pelos bancos comerciais. Aqui a renda é financeira, com valor e prazo de pagamento determinados em função do saldo da conta previdenciária do participante. No Plano III, se o gestor não atingir a meta de receitas de investimentos, só o participante paga através da redução de sua reserva. Aqui, se você quiser manter sua renda vitalícia, o valor mensal será reduzido significativamente e sua Reserva Matemática tem dia e hora para acabar. Se você viver mais do que ela, passará os próximos anos até morrer só com o fundo do INSS, a menos que faça novos aportes.
►Essa tendência de acabar com os planos de benefícios BD vem se avolumando nos últimos anos para mitigar os riscos financeiros e atuariais inerentes a esse tipo de plano. É uma iniciativa de patrocinadoras e gestoras de fundos de acabar com a renda vitalícia que é caracterizada pelo risco atuarial, para trocar pela renda financeira que envolve o risco financeiro. É uma iniciativa criada para transferir os riscos só para o participante do fundo.
► Em tempos de situação econômica crítica, lucros e dividendos magros, as empresas lançam mão desse recurso, não só para prevenir futuros entraves financeiros como também para amenizar as demonstrações de seus balanços, onde a elevação das obrigações atuariais pesa de alguma forma.
► A BRF Previdência objetiva obter cerca de 25% de migração dos recursos, mas não explicou até o momento como será para aqueles remanescentes que permanecerem no Plano FAF. Aqui é matematicamente pouco provável que tudo continuará como antes.
► É certo que se uma quantidade expressiva de participantes migrar do Plano FAF para o Plano III haverá uma quebra séria do mutualismo, com prejuízo em sua viabilidade e, por consequência com risco ao cumprimento de suas obrigações junto aos participantes remanescentes. Aqui o Plano FAF pode chegar a um ponto de não mais poder cumprir com suas obrigações e necessitar de aportes da patrocinadora e dos próprios participantes, além de poder desembocar num pedido de fechamento pela patrocinadora
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